Fundos de investimentos em ações

Você quer investir em ações e contar com uma gestão profissional, mas não tem tempo e nem condições de contratar um gestor? Conheça os fundos de ações FIA. Eles são uma opção para quem deseja diversificar e investir em renda variável. Entenda como funcionam e como encontrar a melhor opção para a sua carteira.

O que são fundos de ações?

Fundos de ações são fundos de investimento que têm como principal fator de risco a variação de preços de ações admitidas à negociação em mercado organizado. Como os demais fundos, contam com um gestor profissional, a quem cabe definir a alocação dos recursos, seguindo suas estratégias.

Eles são uma forma mais simples de investimento, já que você não precisa escolher em quais empresas vai investir seu dinheiro, uma vez que o gestor está fazendo esse papel de alocação.

Como investir em fundos de ações?

Para aplicar em fundos de ações, você deve abrir uma conta em uma corretora ou banco de investimentos. Assim, você terá toda a assistência para entender os detalhes do fundo, como as taxas de administração, taxas de performance, histórico de rentabilidade, regras de aplicação e resgate, entre outras particularidades.

É melhor investir em fundos de ações ou diretamente em ações?

Os fundos de ações podem ser boas escolhas de quando se objetiva diversificação de portfólio, podendo ter uma exposição a inúmeros ativos, atendendo aos requisitos de concentração estabelecidos na regulamentação.

Nos fundos de ações, essa diversificação é uma vantagem, pois um cotista pode ter exposição a uma carteira maior de ações, com o conhecimento de um gestor profissional.

Por outro lado, se você investe diretamente em ações, tem uma autonomia maior e arca com o peso completo de suas decisões no momento de compra e/ou venda de cada papel.

Enquanto no mercado à vista a apuração do Imposto de Renda é mensal, nos fundos de ações ela ocorre apenas no resgate (retido na fonte), com alíquota de 15% sobre os rendimentos, não havendo cobrança de IOF em nenhum dos casos.

Para quem investe direto no mercado de ações, há outros custos, como as taxas de corretagem, emolumentos da bolsa e as taxas de custódia, que nem sempre são repassadas para o investidor.

Quando ocorre o come-cotas?

come-cotas ocorre no último dia de maio e no último dia de novembro e incide sobre todos os rendimentos dos últimos seis meses naquele fundo.

No momento do resgate dos valores, é calculada a diferença entre as alíquotas de acordo com o período total de investimento.

É importante lembrar que não há come-cotas em fundos de ações, por exemplo. Nesse tipo de fundo, o Imposto de Renda é retido no resgate ou na amortização das cotas a uma taxa fixa de 15%, também apenas sobre os rendimentos.

Como funcionam os fundos de ações

Um fundo de ações tem duas formas para se remunerar: com a taxa de administração e de performance. É comum um fundo utilizar o “2 com 20”, ou seja 2% de administração e 20% de performance. Ambas as taxas são fixas, porém a taxa de performance só é cobrada se o fundo entregar uma rentabilidade que supera um índice de referência predeterminado (Ibovespa, CDI, IPCA etc.).

Ressalte-se que a cobrança de taxa de performance é uma prática muito comum e bem-vista, já que motiva o gestor a buscar o melhor desempenho para o fundo. Ou seja, sempre que esta taxa for paga, é porque o fundo teve bom rendimento, então pode comemorar.

A performance do fundo pode ser monitorada pelo investidor diariamente, já considerando o desconto das taxas cobradas. Mas é recomendado que tenha o longo-prazo como objetivo.

Atenção à liquidez

Antes de aplicar o seu dinheiro em cotas do fundo, porém, é preciso tomar cuidado com os prazos para resgate e o quadro completo da liquidez desse investimento.

Na maioria dos casos, os fundos não possuem um prazo de resgate curto, quando comparado a um título do Tesouro Direto, por exemplo, em que o Banco Central se compromete a comprar os papéis a qualquer momento e pagar por eles em um dia útil. Por isso, verifique com atenção o regulamento do fundo e seu formulário de informações essenciais e consulte seu assessor de investimentos.

Tipos de fundos de ações

Existem diferentes tipos de fundos de ações. Nessa escolha, o investidor precisa tomar uma decisão, que depende do seu perfil de risco e de seus ativos de preferência.

De acordo com a Anbima, quaisquer fundos de ações têm pelo menos 67% da carteira em ações à vista, certificados de depósito de ações, bônus ou recibos de subscrição, cotas dos fundos de índice de ações, cotas de fundos de ações e Brazilian Depositary Receipts.

Veja abaixo a classificação:

Ativos

Os fundos ativos podem buscar superar um índice de referência ou não fazer menção a índices de performance.

A seleção para compor a carteira deve ser executada de acordo com um processo de investimento predefinido que busca atingir os objetivos e executar a política do fundo.

O saldo em caixa deve ser aplicado em cotas de fundos de renda fixa, de duração baixa, grau de investimento ou em ativos permitidos nas regras da Anbima.

Livre

Os fundos de ações livre não possuem compromisso de concentração em uma estratégia específica.

O saldo em caixa pode ser aplicado em qualquer ativo ou quaisquer ativos, mas é preciso especificá-los no regulamento, ao qual o investidor tem acesso antes de tomar sua decisão.

Setoriais

Os fundos setoriais aplicam em empresas pertencentes a um setor ou conjunto de setores afins da economia.

Em sua política de investimento, no regulamento, esses fundos devem deixar bem claros os critérios utilizados para as definições dos setores, sub-setores ou segmentos elegíveis. Assim, o investidor tem uma ideia dos papéis em que estará colocando o seu dinheiro.

Índice Ativo

Fundos que têm como objetivo superar o índice de referência do mercado acionário. Estes fundos se utilizam de deslocamentos táticos em relação à carteira de referência para atingir seu objetivo.

Small caps

Os fundos de small caps concentram seus investimentos em companhias menores, com baixa capitalização de mercado e um potencial de ganho (ou perda) maior.

O restante do valor das cotas (15%) pode se destinar a ações mais negociadas, desde que não estejam entre as dez maiores participações do IBrX 100 (índice das 100 prinicipais ações com maior negociabilidade).

Sustentabilidade/Governança

Fundos que têm como objetivo investir em empresas que apresentam bons níveis de governança corporativa, ou que se destacam em responsabilidade social e sustentabilidade empresarial no longo prazo.

Dividendos

Como o nome já diz, os fundos de dividendos aplicam em papéis de empresas com histórico de dividend yield (renda gerada por dividendos) consistente ou que, conforme as perspectivas do gestor, tenham essa tendência.

Valor/Crescimento

Fundos que têm como objetivo buscar retorno por meio da seleção de empresas cujo valor das ações negociadas esteja abaixo do “preço justo” estimado (estratégia valor) e/ou aquelas com histórico e/ou perspectiva de continuar com forte crescimento de lucros, receitas e fluxos de caixa em relação ao mercado (estratégia de crescimento).

Indexados

Os fundos indexados replicam indicadores de referência do mercado de renda variável, como o Índice Bovespa (Ibovespa).

Esse tipo de fundo teve grande alta em 2019, por exemplo.

Os recursos remanescentes em caixa devem estar investidos em cotas de fundos de renda fixa, de baixa duração, grau de investimento ou ativos permitidos pelas regras da Anbima.

Índices

Fundos que têm como objetivo acompanhar as variações de indicadores de referência do mercado de Ações, não admitindo alavancagem.

Específicos

Fundos que têm como objetivo adotar estratégias de investimentos que possuam características específicas, tais como, fundo de condomínio fechado, Fundos não regulamentados pela Instrução nº 555 da CVM ou Fundos que adotam outras estratégias que venham a surgir.

Fundos de Ações FMP-FGTS

Fundos que devem seguir a regulamentação vigente.

Fundo Fechados de Ações

Fundos de condomínio fechado, nos termos da regulamentação da CVM.

Mono Ação

Fundos com estratégias de investimento em ações de apenas uma empresa.

As opções mais conservadoras

Se você adquire cotas de fundos de ações, você corre riscos.

É impossível “prever”, no curto prazo, a flutuação dos papéis. Então, para esse tipo de aplicação, mire sempre o longo prazo, não esquecendo de compor seu portfólio com ativos de menor risco.

E para quem busca fundos com menos riscos, recomendam-se fundos de renda fixa ou fundos multimercados (que aplicam em renda fixa e variável).

As opções mais agressivas

Os fundos mais agressivos são aqueles que buscam superar a média do mercado, como o de ações livre (sem um indicador específico) e o de small caps (que investe nos papéis de pequenas empresas com grande potencial). Além disso, os fundos Long Only (apenas comprado em ações) também apresentarão maior volatilidade comparado com um Long Biased e Long & Short que possuem uma estratégia comprada e vendida, ou seja, conseguem posições mais defensivas.

Os fundos de small caps costumam apresentar maior volatilidade, pois contam com papéis de empresas menos capitalizadas e menos negociadas, com maior potencial de perda e ganho.

Apostas certeiras aqui tendem a fazer o dinheiro se multiplicar, enquanto erros cruciais podem minar o seu patrimônio.

Por isso, se você quiser aplicar em fundos agressivos, lembre-se de destinar boa parte do seu portfólio para investimentos menos ousados, que privilegiem a renda fixa e a previsibilidade de ganhos.

A seguir, você vai entender com mais detalhes o potencial de rendimento e os perigos dos fundos de ações, quando analisarmos alguns números.

A rentabilidade dos fundos de ações depende da alocação correta dos recursos e, por isso, pode não trazer sempre os resultados esperados.

Dependendo do tipo de fundo, a oscilação de rentabilidade pode ser maior ou menor ao longo do ano.

Para garantir a melhor escolha, é importante entender que lucro passado não é garantia de lucro futuro, porém, uma análise atenta de todo o histórico é imprescindível.

Esses rendimentos acima já contam com o desconto das taxas de administração, mas não deduzem o Imposto de Renda.

Riscos dos fundos de ações

Os riscos dos fundos de ações são os mesmos da aplicação direta em ações negociadas na bolsa de valores. O investimento pode trazer volatilidade e perdas ou ganhos ao sacar a sua cota.

A diferença é que a alocação dos recursos ficará a cargo de um gestor profissional, que conta com conhecimento muito superior em relação a qualquer iniciante.

Para evitar grandes riscos, considere a aplicação em um fundo de ações apenas como parte do seu portfólio – não tente colocar toda a sua reserva financeira em uma cesta só.

Essa é uma das grandes chaves da multiplicação do dinheiro: buscar diversos investimentos diferentes para gerar bons retornos em qualquer cenário.

A outra chave dos investimentos bem-sucedidos é usar uma luneta de longo prazo em todas as suas aplicações.


Dessa forma, você não ficará refém das flutuações do mercado de ações e poderá raciocinar com tranquilidade antes de tomar qualquer decisão.

Assim, todos os seus investimentos fazem parte de um portfólio diversificado que mira bons retornos no longo prazo (anos, e não meses).

Pouco a pouco, você vai modificar a alocação do patrimônio, mas sempre respeitando as características de cada aplicação inserida em sua cesta de ativos e derivativos.

Benefícios dos fundos de ações

Os principais benefícios dos fundos de ações são a praticidade de investimento, a facilidade no pagamento do Imposto de Renda, a possibilidade de contar com um profissional para definir quais papéis serão comprados com o seu dinheiro e a diversificação de suas aplicações, não dependendo de apenas uma ou outra ação.

Para fins de diversificação, os fundos são excelentes. Com eles, você terá todo o conhecimento do gestor para aplicar em empresas e setores com boas perspectivas, sem precisar estudar papel por papel ou se concentrar apenas no que você lê nos jornais e informativos econômicos.

Entre outras facilidades dos fundos de ações, está a simplificação no pagamento dos impostos. O Imposto de Renda de 15% é pago uma única vez, ao resgatar a sua cota, sobre os rendimentos obtidos no período.

Na aplicação direta na bolsa de valores, a apuração do IR é mensal. E é bom lembrar: nessa modalidade, não há o IOF, o imposto sobre operações financeiras.

Fundos de ações mais rentáveis

Para descobrir quais são os fundos de ações mais rentáveis, é importante consultar a sua corretora ou banco de investimentos.

Nessa busca, você deve pesquisar não apenas o mês ou o ano, mas um histórico completo, que permita uma investigação acurada do desempenho do gestor.

Lembre-se, porém, desta máxima: rentabilidade passada não é garantia de rentabilidade futura.

Como investir em fundos de ações

Para investir em qualquer fundo de ações, você deve abrir conta em uma corretora ou banco de investimentos, definir um tipo de fundo que seja de sua preferência, pois cada um possui sua estratégia (dividendos, indexado, livre, small caps, etc) e contar com a assistência profissional para escolher um fundo específico que atenda ao seu perfil de risco e a suas necessidades de liquidez.

Como você verá abaixo, é recomendado começar alocando um percentual da sua carteira e não 100% em um fundo desta natureza, sempre respeitando o seu perfil de investidor e colocando uma pequena parte de suas reservas nos fundos (5%, por exemplo).

Depois de algum tempo, você pode acompanhar o resultado e então definir se aumentará essa aplicação ou não.

Fundo de ação é uma boa opção para começar a investir na bolsa?

Para quem estiver iniciando sua trajetória em renda variável, um fundo de ação pode ser a melhor opção pois o investidor está delegando seus recursos para um gestor profissional.

Mas você deve lembrar de três aspectos que não cansamos de repetir:

  • Ter visão de longo prazo
  • Usar os fundos como parte de seu portfólio
  • Investir em educação financeira e econômica para fazer o seu dinheiro render cada vez mais.

Assim, considere este artigo um dos passos iniciais na sua jornada de investidor. Mesmo que você já esteja aplicando em outros ativos, sempre dá para acumular mais conhecimento para tomar decisões cada vez mais embasadas e com maior potencial de retorno.

Nesse início, não tenha medo de começar pequeno: que tal colocar um pequeno percentual de suas reservas em um fundo?

Essa é uma maneira de ver os resultados aos poucos, de não comprometer boa parte das suas economias e de pegar o jeito com investimentos mais arrojados. Depois, mais tarde, você pode alocar uma fatia maior do seu dinheiro para a renda variável.

Conclusão

Gostou de conhecer mais sobre os fundos de ações e como você pode utilizá-los em sua estratégia de investimentos?

Para fixar o conteúdo, veja um resumo breve das principais lições deste artigo:

  • Fundos de ações oferecem investimento mais fácil do que o mercado à vista
  • Há diversos tipos de fundos que atendem a variados perfis de risco e de investidor
  • A apuração do Imposto de Renda (IR) é mais fácil nos fundos de ações, já que ela é feita apenas uma vez, na hora do resgate
  • Os fundos de ações também têm flutuações e podem oferecer riscos, especialmente no curto e médio prazo
  • As chaves para a maximização do capital são três: a criação de uma estratégia de investimentos diversificada, o foco no longo prazo e a busca por conhecimento econômico e financeiro
  • Agora que você está munido dessas informações, como pretende agir?

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Um abraço

Time Strike

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